Em comemoração aos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão, o Benchmarking Internacional Saneamento Ambiental, Controle de Enchentes & EXPO OSAKA / JAPÃO 2025 tem o objetivo de fortalecer a cooperação bilateral nos setores de saneamento ambiental, gestão de resíduos sólidos, drenagem urbana e prevenção de desastres, promovendo o intercâmbio de boas práticas e tecnologias de ponta entre os dois países e reafirmando o compromisso brasileiro com a agenda climática global e com a construção de cidades mais resilientes, sustentáveis e inclusivas.
Essa missão está fortemente alinhada ao Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015-2030, aprovado pela ONU em março de 2015, durante a 3ª Conferência Mundial das Nações Unidas em Sendai, Japão. O Marco estabelece quatro prioridades de ação: 
(1) Compreensão do risco de desastres; 
(2) Fortalecimento da governança de risco; 
(3) Investimento em resiliência; 
(4) Aprimoramento da preparação para resposta e recuperação eficiente. 
A cooperação entre Brasil e Japão contribui diretamente para o cumprimento dessas metas, especialmente ao fortalecer capacidades institucionais, promover transferência tecnológica e incentivar políticas públicas preventivas (Fonte: UNDRR, 2015).
A parceria entre Brasil e Japão na área de prevenção de desastres teve início há mais de uma
década e tem evoluído continuamente por meio de projetos como o GIDES – Projeto para
Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos de Desastres
Naturais. Lançado em 2013 com apoio da Agência Japonesa de Cooperação Internacional
do Japão (JICA) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), o GIDES promoveu o
intercâmbio de especialistas, missões técnicas e o desenvolvimento de metodologias para
análise de riscos e perigos geológicos. Destaca-se a criação das Cartas de Perigo Geológico
no Brasil e a capacitação de pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB), com uso
crescente de inteligência artificial no mapeamento de áreas de risco【 Fonte: MIDR, 2023】.
A expertise japonesa, forjada em eventos extremos como o terremoto de Fukushima (2011) e
os deslizamentos de Hiroshima (2017-2018), tem contribuído para o aprimoramento das
políticas de prevenção no Brasil. O pesquisador Dr. Taro Uchida, da Universidade de
Tsukuba, figura como um dos principais interlocutores na cooperação técnica, defendendo o
intercâmbio internacional como ferramenta essencial para o fortalecimento das estratégias
locais. Tecnologias como sensores geotécnicos, modelagens preditivas e IA ocupam papel
central nesse avanço【Fonte: JICA, 2024】.
O ponto de inflexão mais recente ocorreu em março de 2025, com a assinatura de um
Memorando de Cooperação entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a JICA, em Tóquio. Com vigência inicial de cinco anos, o acordo inaugura
uma nova fase da parceria, estruturada nos pilares da capacitação técnica, inovação em
infraestrutura e financiamento climático【Fonte: MIDR, 2025】.
Essa cooperação integra a Iniciativa Japão-Brasil sobre Meio Ambiente, Clima,
Desenvolvimento Sustentável e Economias Resilientes, e fortalece ações como o Projeto
SABO – focado no combate a deslizamentos de terra, com implementação de barreiras de
contenção e diretrizes para manutenção preventiva. A UFRJ participa do desenvolvimento de
tecnologias adaptadas à realidade brasileira. Já foram formados mais de 90 especialistas e
elaborados seis manuais técnicos voltados à Defesa Civil Nacional【 Fonte:JICA Brasil, 2024】.